Base do Santa teme cancelamento de competições por aperto no calendário

Estádio do Arruda (Foto: Alexandre Aroeira/FolhaPE)

O cenário de indefinição, provocado pelo avanço da pandemia do novo coronavírus, tem gerado dúvidas que ultrapassam as decisões a serem tomadas sobre competições disputadas no futebol profissional. Ambiguidades, claro, atingem também as categorias de base de vários clubes brasileiros, que, no momento, seguem sem a certeza acerca da realização de torneios das categorias inferiores, diante do aperto no calendário nacional e, possivelmente, no âmbito estadual. Em contato com a reportagem da Folha de Pernambuco, o diretor das categorias de base do Santa Cruz, Rogério Guedes, mostrou preocupação com a questão.

“Nós da organização da base montamos um cenário para uma coisa e já vamos mudar sem a certeza de que esse terceiro cenário ocorra. Temos três categorias oficiais – Sub-15, Sub-17 e Sub-20 (o Sub-23 é integrado com o Sub-20), mas a gente fica sem saber o que fazer. A gente não sabe se a Federação (Pernambucana) vai manter (as competições) das três categorias. Se não manter as três categorias, pode ser um cenário. Nós da direção já sentamos, pode ser que façam o campeonato só de Sub-20 e teríamos que fazer um plano B com as joias que temos para dar rodagem. Estamos trabalhando com vários cenários”, disse.

“O Sub-15 e o Sub-17 do Santa Cruz hoje só participam oficialmente do Campeonato Pernambucano. Então é muito ruim não ter a competição, porque é a competição teoricamente mais importante do ano para os meninos”, completou.

As equipes do Sub-20 e do Sub-23, por outro lado, não passam pela mesma apreensão. Além do Estadual, os pratas da casa disputam a Copa do Nordeste, cada um em sua categoria, o Campeonato Brasileiro de Aspirantes e a Copa São Paulo de Futebol Júnior, que, no caso do Santa Cruz, é disputada com a mesclagem entre os pratas da casa de ambas as categorias. Mesmo assim, apesar de discussões iniciadas sobre possíveis períodos para o retorno das competições – no profissional, e consequentemente com o calendário ajustado para os torneios de base – o cenário é de impasse no Tricolor.

“A gente fica pensando nos atletas, até segurar meninos com potencial, meninos que estão ociosos. Para os atletas que estavam em ascensão, essa paralisação é muito complicada, porque a gente não sabe como ele volta. Uma coisa é o jogador treinando em campo, outra é fazer as atividades em casa”. Segundo Guedes, as joias corais continuam seguindo as recomendações de treino físico repassadas pelas comissões técnicas.

Do Portal FolhaPE

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