Secretaria do Trabalho estadual solicita tombamento do Museu Mestre Vitalino

A Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação de Pernambuco solicitou o tombamento do Museu Mestre Vitalino, localizado no Alto do Moura, em Caruaru. A ação foi iniciada junto à Secretaria de Cultura de Estado para que o patrimônio da cidade seja preservado e mantenha suas principais características históricas. Atualmente, a casa é referência material do Patrimônio Cultural da comunidade artesã do Alto do Moura e corre risco de desabamento. O Mestre Vitalino chegou ao local nos anos 1948 e usou o barro para expressar a sua terra e seus sentimentos, a vida do sertanejo, desde o nascimento à morte, da seca à vida, dos animais a sua gente.

Segundo o secretário do Trabalho, Emprego e Qualificação de Pernambuco, Alberes Lopes, o tombamento é uma forma de proteger a memória coletiva de Caruaru e de todos os artesãos. A casa foi construída originalmente pelo Mestre Vitalino ao chegar no Alto do Moura para constituir residência, um lar. Neste espaço, ele teve seis filhos, produziu cerca de 120 temas ligados ao imaginário nordestino em seus bonecos.

“No início de setembro, recebemos uma informação de que as vigas que sustentam o telhado do Museu estavam quase caindo, isso é muito grave. A Casa foi incorporada ao patrimônio da Prefeitura Municipal há muitas décadas, transformada em Museu em 1971, e se tornou meio de sobrevivência para toda sua família”, declarou o secretário.

Para o secretário, a Casa do Mestre Vitalino é um patrimônio não só de Caruaru, mas de Pernambuco e do Brasil. “Levando em consideração que o Alto do Moura é o maior Centro de artes figurativas das Américas e não podemos deixar esse patrimônio cair, sem que possamos ajudar que a nossa cultura seja preservada. Fiz a solicitação à Secretaria de Cultura estadual para que a casa fosse patrimônio de Pernambuco, o governo já solicitou que a prefeitura fizesse a reforma necessária para que a casa não viesse a cair e espero que, o mais breve possível, esses reparos possam ser feitos. Infelizmente, o Estado não pode fazer nenhum reparo na casa antes de ser tombada. A casa tem a história do nosso grande Vitalino, um artesão que é conhecido tanto nacionalmente como fora do nosso País e que representa muito para nosso Estado”, destacou Alberes Lopes.

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