“No futebol, é tão próximo o certo do errado. Uma pequena escolha, um erro de arbitragem. A gente tem que minimizar erros, evitar conflitos, e cabe a nós entendermos a leitura da competição. Estou muito confiante que, em 2020, a gente já começa em um melhor patamar que em 2019.” Essas foram algumas das palavras do presidente do executivo do Santa Cruz, Constantino Júnior, ao fazer o balanço do clube no final do ano passado. Apesar das dificuldades, repetidas de anos anteriores, de fato, é o que vem acontecendo.
Em 2020, o Tricolor entra na disputa da Série C com cenário positivo em relação às demais temporadas do biênio 2018/2019, já em uma sequência de três períodos seguidos no terceiro degrau do Brasileiro. Em 2018, considerando 24 jogos disputados entre Estadual, Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Terceirona – mesma quantidade de partidas jogadas, até aqui, em 2020 – foram sete vitórias, 13 empates e quatro derrotas, um aproveitamento de 47,2%. Em 2019, com esse mesmo recorte, foram 10 vitórias, oito empates e seis derrotas (52,7%).
Neste ano, o time comandado por Itamar Schülle soma 12 triunfos, nove empates e três derrotas, nos mesmos 24 jogos. O rendimento é de 62,5% – crescimento de 15,3% em comparação a 2018. Ainda que a disparidade se concentre no número de vitórias e empates, observa-se uma evolução gradual na equipe, com o Santa tendo mostrado uma solidez não vista nos anos anteriores. Claro, com adendos. No momento, o sistema ofensivo vive uma seca de seis jogos sem marcar e precisa de peças de reposição para construir uma identidade em campo. Ao contrário da defesa, que, nas partidas realizadas após a paralisação por conta da Covid-19, tomou apenas dois gols.
Metodologia de trabalho do treinador e maior consciência sobre a realidade financeira e estrutural do clube, talvez, sejam respostas para tal cenário. Apesar de cedo, ao que tudo indica, a lição finalmente pode estar sendo aprendida.
