Sport empata com o Náutico e é bicampeão pernambucano

Foto: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

Quem tem mais, tem 44. Há exatamente um século, o Sport não sai do topo da lista de maiores vencedores do Campeonato Pernambucano. A partir de 1924, quando ganhou o então quinto título estadual, superando o América, que tinha quatro, o clube iniciou a construção de uma hegemonia que hoje está distante de ser ameaçada. Neste sábado (6), contra o Náutico, a sensação dos mais de 45.500 rubro-negros (recorde do estádio) presentes na Arena de Pernambuco era de que a taça já tinha um dono desde a vantagem por 2×0 alcançada na ida, nos Aflitos. Bastou um empate sem gols para ratificar. O Leão é campeão pernambucano – frase que mais se repete há 100 anos.

Nada de um Sport fechando por conta da vantagem ou um Náutico se atirando ao ataque. Os minutos iniciais foram de cautela de ambos os lados. Nessa quebra-cabeça, foi o Leão quem assustou primeiro. Lucas Lima cruzou, Romarinho apareceu nas costas de Joécio e cabeceou para fora.

O Sport dominava, mas é preciso salientar que o Náutico teve ao menos três possibilidades de contra-ataque em um intervalo de dez minutos. Em todas, faltou capricho no passe final e um pouco mais de velocidade.

Arnaldo e Diego Matos tinham campo livre, mas abusavam de cruzamentos errados. No Sport, Lucas Lima, em contra-ataque pela direita, quase deixou Coutinho na cara do gol. Joecio, de carrinho, evitou o que poderia ampliar a desvantagem alvirrubra. Na sequência do lance, Alan Ruiz cobrou escanteio e Thyere, de cabeça, acertou o travessão.

Minutos depois, o mesmo Alan Ruiz saiu jogando mal e tocou nos pés de Paulo Sérgio. O centroavante tinha o corredor livre, mas optou por chutar e mandou por cima. A resposta leonina veio com Fabrício Dominguez. O meia entrou bem na área e finalizou próximo da meta de Vagner.

Aos 37, quase um golaço na Arena. Após cruzamento pela direita, Joecio falhou no corte. Luciano Castan dominou e tentou uma bicicleta. A bola passou rente ao travessão. No lado alvirrubro, Paulo Sérgio tentou o cabeceio, mas bateu no ombro, sem direção.

Nos acréscimos, mais uma bola na trave. A zaga do Náutico cochilou e deixou Coutinho livre para finalizar. A bola explodiu no poste. No rebote, Dominguez mandou longe a chance de descer aos vestiários com 1×0.

Estreante da noite, o técnico Mazola Júnior acionou Evandro e Thalissinho no segundo tempo, nas vagas de Barcia e Luiz Paulo, respectivamente. No Sport, entrou Barletta no lugar de Fabricio Dominguez.

O Sport permaneceu melhor e mais próximo do gol, apresentando toda a tranquilidade de quem sabia que tinha o título nas mãos. Ainda assim, o Náutico queria mostrar que estava vivo. Após levantamento na área, Evandro cabeceou para trás e Caíque França fez uma defesa espetacular.

Não foram poucas as vezes que os rubro-negros ficaram rolando a bola na entrada da área, mas as finalizações ou eram travadas, ou não achavam o caminho do gol. O Náutico era um deserto de ideias. Quase sempre tentando levantar qualquer bola para a área. Tanto é que a outra melhor chance veio pelo alto, quando Lessa quase marcou gol olímpico. Caíque novamente foi preciso para espalmar.

Aos 35 do segundo tempo, já tinha “ola” e gritos de “bicampeão” na Arena. O Náutico ainda tentou pelo alto (como sempre), mas sem sucesso. Não houve reviravolta. O Sport administrou o 0x0 e se sagrou campeão pernambucano.

Informações FolhaPE

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