Homem na Suíça se torna o sexto paciente curado do vírus HIV, após transplante de medula

Foto: Banco de imagens

Cientistas e pesquisadores anunciaram o sexto caso de remissão do vírus HIV após transplante de medula óssea. O homem, conhecido por “Paciente de Genebra“, contraiu o vírus durante os anos 90 e desde então, fazia parte de um tratamento com antirretrovirais, em 2018 ele realizou um transplante de medula óssea para tratar de uma leucemia e teve como consequência, uma queda radical das células portadores do HIV. Desde 2021, ele começou a diminuir gradualmente o consumo dos medicamentos contra o HIV.

Porém uma coisa difere o caso do Paciente de Genebra dos outros 5 casos de remissão do vírus, registados em Berlim, Londres, Dusseldorf, Nova York e no City of Hope. Nos cinco primeiros pacientes o transplante de medula óssea portava uma rara mutação genética, denominada CCR5 delta 32, que tornava as células do corpo resistentes ao HIV, Já no caso do “Paciente de Genebra”, a medula óssea doada não possui mutação CCR5 delta 32. Dessa forma, as células desse homem continuam permissivas ao vírus.

Mesmo com a falta da mutação, o HIV permanece indetectável no organismo do homem, cerca de 20 meses depois da interrupção do tratamento antirretroviral. O resultado do caso do “Paciente de Genebra” foi apresentado no dia (20.jul.2023) durante a Conferência IAS sobre Ciência do HIV 2023, em Brisbane, na Austrália. Para os cientistas, o caso do “Paciente de Genebra” pode ser importante para o desenvolvimento de novas formas de combate e tratamento do HIV.

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