Padre e três funcionários são indiciados em inquéritos de crimes sexuais contra fiéis

Foto: PC/Divulgação

A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) divulgou, na tarde desta quarta-feira (26), atualizações do caso do Padre Airton Freire, de 63 anos, acusado de cometer crimes sexuais contra fiéis. Existem cinco inquéritos contra o religioso, dos quais dois já estão concluídos. Um deles, aliás, garantiu a prisão preventiva dele, que deixou a prisão recentemente e está internado no Real Hospital Português (RHP), por um pico de hipertensão.

Após as denúncias de Sílvia Tavares, outras apareceram e foi criada uma força-tarefa, coordenada por cinco delegadas. Uma delas é a titular da Delegacia da Mulher de Afogados da Ingazeira, no Sertão de Pernambuco, Andreza Gregório. Ela revelou que das cinco vítimas iniciais, quatro são mulheres e exaltou confiança nos relatos que ouviu. 

“O relato das vítimas merece credibilidade nesse tipo de crime. Quando recebemos qualquer notícia dessa natureza, buscamos todos os elementos para corroborar com a elucidação dos fatos. Todas essas mulheres que nos procuraram, relataram de forma detalhada e segura. São mulheres que não se conhecem, além de um homem. Elas demonstram dor ao relembrar e não há indicativo de que possam estar inventando e fantasiando algo contra um homem que era tido como um homem santo”, disse a delegada.

Nos meses de fevereiro e julho deste ano, dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Pernambuco, sendo um na sede do Instituto dos Servos de Deus, localizado na Fazenda Malhada, em Arcoverde. O material recolhido e a quantidade foram mantidos em sigilo pela polícia.

O inquérito que tomou como base as acusações de Sílvia Tavares foi convertido na prisão preventiva do padre Airton Freire. Ele foi detido no dia 14 deste mês e atualmente está no Real Hospital Português (RHP), no Recife, após apresentar um quadro hipertensivo. A defesa dele tenta reverter o cenário para uma prisão domiciliar, alegando avanço de idade e questões de saúde.

“Com base nos indícios e nas provas, entendemos que era necessário o indiciamento. A Polícia Civil se convenceu de que ocorreu o fato. O inquérito foi submetido ao Ministério Público de Pernambuco, que deu parecer favorável, e ao Judiciário, que deferiu”, explicou Andreza.

“Ele continua preso e à disposição da Justiça para começar o estado criminal”, acrescentou.

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