João Lucas, lateral do Náutico – Foto: Gustavo Ribeiro/Novorizontino
“Lá vem eles de novo”. “Virou passeio”. O que o torcedor do Náutico viu nesta sexta (14) foi mais do que uma derrota. Mais do que um time goleado. Foi a personificação de um time que merece ser rebaixado. Apático, desorganizado, com desempenho técnico pífio e sem esboçar qualquer reação no atropelo que sofreu diante do Novorizontino, no Jorge Ismael De Biasi, pela Série B do Campeonato Brasileiro. O placar de 6×0 e a manutenção na lanterna do torneio, com 30 pontos, ainda não decretaram oficialmente a queda dos alvirrubros à Série C. Algo que deve acontecer na rodada seguinte, perante o Grêmio, nos Aflitos.
Estreando pelo time profissional do Náutico, o goleiro Bruno Lopes, de 20 anos, foi testado nos primeiros minutos, principalmente em chutes de longa distância. Lá na frente, o Timbu tinha dificuldades de sair jogando, com o atacante Everton Brito sendo a válvula de escape dos visitantes.
“Olha o vento”, gritava o técnico Dado Cavalcanti. O Náutico estava jogando a favor dele e, por pouco, não foi beneficiado por isso. O cruzamento de Richard Franco pegou um efeito e por pouco não entrou, acertando o travessão de Lucas Pereira. Aos 19, o Novorizontino avançou em rápido contra-ataque. Ronald cruza rasteiro e Douglas Baggio completa com tranquilidade para abrir o placar.
Contra-ataque armado, cruzamento rasteiro e bola na rede. A mesma fórmula, os mesmos erros de marcação. O Novorizontino repetiu a jogada do primeiro gol. A diferença é que agora começou pela esquerda e, na conclusão de Bochecha, a trave salvou. No rebote, porém, Douglas Baggio só teve o trabalho de tocar e fazer 2×0.
O Náutico em nenhum momento esboçou reação. A apatia pode ser simbolizada pelo terceiro gol do Novorizontino. Tocando fácil, sem pressão, os mandantes armaram um contragolpe. Arthur Henrique tomou um drible infantil de Ronald, que tocou na saída de Bruno para ampliar a vantagem. O vexame ainda não tinha terminado. Aos 26, Diego Torres recebeu livre e bateu firme para transformar o placar elástico em goleada.
Começou com uma derrota, passou a ser goleada e, nos minutos finais, humilhação. Rômulo e Hélio Borges também balançaram as redes, completando os 6×0. Um dia para mostrar os motivos que farão o Náutico cair para a Série C.
Informações FolhaPE
