Mulheres são destaque na II Mostra Orobó de Cinema

Foto: Verônica Valente – Acervo Pessoal
Últimos dias para assistir aos filmes selecionados para a II Mostra Orobó de Cinema, a OroCine. A edição desse ano trouxe uma surpresa para o organizador Carlos Kamara, a participação feminina. Dos 30 filmes selecionados, 15 foram feitos por mulheres. “Realmente, eu não esperava essa expressividade. Para mim, foi um sentimento misto de surpresa e de felicidade em saber que as mulheres estão mandando ver na cena do audiovisual e que elas estão em conexão com a nossa proposta de diálogo com as coisas do interior de Pernambuco. Sejam coisas da gema, feito da gente mesmo, ou coisas de fora, que trouxeram mensagens muito grandiosas para o fortalecimento de tudo”, explicou Kamara.
Verônica Valente é psicóloga e mora em Orobó desde os dois anos. Na segunda edição do OroCine, ela está envolvida em dois filmes: “Eu Sou Claudeanny” e “ Monga”. Mulher trans, ela considera o audiovisual um importante espaço de fala. “Enquanto mulher trans, por sermos tão poucas no audiovisual, de estar colocando nossas vivências, as vivências de mulheres como um todo, mas a de mulheres trans também. A arte acabou sendo uma ferramenta, o audiovisual acaba sendo uma ferramenta para estar contando essas histórias, estar realizando essas denúncias”, explicou a cineasta.
Sobre a participação feminina na OroCine, Verônica Valente ressalta a importância desse espaço: “Essa mostra tem uma importância política, social, histórica, cultural muito grande. Porque ela vem dar espaço para quem não tinha. É promover a equidade entre os gêneros”, destacou. Há filmes dirigidos por mulheres em todas as seis mostras, com produções de capitais e de fora dos centros urbanos, como Recife/PE, Natal/RN, Curitiba/PR, Salvador/BA, Juiz de Fora/MG.

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