Náutico encerra tabu de mais de 50 anos diante do Sport

Náutico superou Sport em um decisão depois de 53 anos – Foto: Tiago Caldas/CNC

Ninguém do elenco do Náutico era nascido em 1968. Nem mesmo o presidente do clube, Edno Melo. O técnico Hélio dos Anjos era apenas um jovem de 10 anos. E boa parte da torcida também não existia na última vez em que o Timbu havia derrotado o Sport em uma final. Um passado não vivido, mas com um trauma herdado. Sempre presente quando os alvirrubros encontravam o rival em uma decisão. De derrota em derrota, um jejum de mais de meio século foi criado. Hoje, o tabu foi quebrado. A contagem regressiva para o encerramento da amarga escrita chegou ao fim em 2021.

Mais do que o 23º título do Campeonato Pernambucano, este ano ficará marcado pelo fim de um ciclo frustrante para o Náutico. Desde a conquista do hexacampeonato, no final da década de 60, o Timbu não vencia o Sport em uma decisão. De lá para cá, a equipe perdeu todas as finais para o Leão. O placar de confrontos valendo título, que em 1968 estava em 6×2 para os alvirrubros, passou a ser 12×6 para os rubro-negros até 2020.

O Sport vinha de uma sequência de 10 títulos consecutivos diante do Náutico, nos estaduais de 1955, 1961, 1975, 1977, 1981, 1988, 1991, 1992, 1994, 2010, 2014 e 2019. O Timbu, além deste ano, também superou o rival em 1951, 1954, 1963, 1965, 1966 e 1968 (ano do hexacampeonaro estadual). Após 53 anos, o clube da Rosa e Silva vou a levar a melhor perante o Leão. A sétima na história das finais dos Clássicos dos Clássicos.

Vencer nos Aflitos também acabou com o jejum do Náutico de mais de 40 anos sem levantar uma taça dentro de casa. A última vez fora em 1974, perante o Santa Cruz, vencendo o Tricolor por 1×0. Até então, após esse período, o Timbu tinha somente mais uma decisão no Eládio de Barros Carvalho. Foi no ano seguinte, em 1975, sofrendo um revés para o Sport. As demais vezes que os alvirrubros foram campões aconteceram no Arruda (1984, 1985, 1989, 2001, 2002 e 2004) e Arena de Pernambuco (2018).

Essa foi a terceira quebra de jejum do Náutico nos últimos anos. A primeira, em 2018, acabou com o período de quase uma década e meia sem títulos estaduais. Ao derrotar o Central na final, o Timbu voltou a levantar a taça do Pernambucano – a última vez fora em 2004. No ano seguinte, com o troféu da Série C do Campeonato Brasileiro, os alvirrubros comemoraram a primeira conquista nacional na história centenária.

Informações do Portal FolhaPE

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