Náutico vacila em casa e sonho do acesso é adiado para 2019

Foto: Brenda Alcântara/Folha de Pernambuco

Campeão estadual, dono da maior reação na história da Série Ce com uma gestão executiva organizada. Até os salários, antes motivo de preocupação, estavam em dia. Tudo conspirava a favor. A temporada do Náutico começou vitoriosa, passou por algumas barreiras e, neste domingo, poderia ser finalizada com o acesso à Série B. Mas o roteiro que daria uma grande história de superação esbarrou na falta de sorte e na inabilidade em aproveitar as oportunidades. O Timbu fracassou diante do Bragantino e empatou em 1×1, na tarde deste domingo (26), na Arena de Pernambuco, pelo duelo de volta das quartas de final da Série C – a ida foi 3×1 para o time paulista. Em 2019, disputará a terceira divisão novamente. O ano termina de forma precoce e melancólica para os alvirrubros.

Impulsionado por mais de 25 mil torcedores na Arena, o Náutico começou elétrico. O cronômetro era inimigo dos alvirrubros, que precisavam vencer por dois gols de diferença para ao menos levar a decisão para as penalidades. A velocidade na transição era tanta que, por vezes, faltava mais capricho para construir os lances. Todo recuado, o Bragantino era fiel ao seu estilo de jogo, com ligações diretas pelo alto buscando Matheus Peixoto.

Com Lelê e Luiz Henrique avançados, o Náutico dominou o meio-campo. Chegou a ter mais de 70% de posse de bola. Ao perceber o adversário bem fechado, o Timbu começou a tentar a sorte pelo alto. Primeiro, Camutanga testou perigosamente por cima. Depois, Alex Alves fez uma defesa sensacional em cabeçada de Dudu.

O Náutico ia empilhando chances desperdiçadas. Tudo indicava que uma hora os visitantes seriam vencidos. Mas futebol nem sempre obedece a uma lógica. Luiz Henrique tentou dar um chapéu na defesa e gerou um contra-ataque. Bruno salvou no primeiro lance, em chute de fora da área. No rebote, Vitinho cruzou e Matheus Peixoto, de cabeça, silenciou a Arena: 1×0 para o Bragantino. Foi dessa forma, precisando de três gols para levar a decisão para as penalidades, que os pernambucanos foram para o intervalo. Com aplausos da torcida, inclusive.

Em menos de dez minutos, o técnico Marcelo Veiga colocou mais dois zagueiros. Ferrolho formado para segurar o conforto dos 4×1 do placar agregado. Já Márcio Goiano apostou nos dribles de Rafael Assis para alcançar um milagre na Arena.

O grito de “eu acredito” voltou a ecoar nas arquibancadas aos 22 minutos, quando Wallace Pernambucano teve a chance de empatar o jogo no pênalti. O meia cobrou forte e Alex Aves se esticou todo para defender e aumentar a agonia do Náutico.
Mesmo com pouco mais de 20 minutos restando para o apito final, já havia torcedor deixando a Arena. Alguns deles não viram Wallace, de cabecear, empatar o confronto e fechar o placar. A torcida aplaudiu, mas o sentimento é de frustração. O ano do Náutico terminou em agosto. O campeão pernambucano não foi capaz de deixar a Série C.

FICHA TÉCNICA:

Náutico 1
Bruno; Bryan, Camutanga, Sueliton e Assis; Josa (Wallace Pernambucano), Luiz Henrique, Lelê (Jobson), Dudu (Rafael Assis) e Robinho; Ortigoza. Técnico: Márcio Goiano

Bragantino 1
Alex Alves; Buiú (Everton), Lázaro, Guilherme Mattis e Fabiano; Ademilson, Magno; Rafael Chorão e Vitinho; Leo Jaime (Júnior Goiano) e Matheus Peixoto. Técnico: Marcelo Veiga.

Local: Arena de Pernambuco (São Lourenço da Mata/PE)
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhaes (RJ).
Assistentes: Rodrigo Figueiredo Henrique Correa e Carlos Henrique Alves de Lima Filho (ambos do RJ)
Gols: Matheus Peixoto (aos 32 do 1ºT), Wallace (aos 38 do 2ºT)
Cartões amarelos: Ortigoza, Rafael Assis, Camutanga, Jobson (N); Buiu, Lázaro, Vitinho, Matheus Peixoto, Guilherme, Magno, Ademilson (B)
Renda: R$ 879.515,00
Público: 27.469 torcedores

 

Do Portal FolhaPE

 

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