Os policiais civis de Pernambuco realizaram uma assembleia, na tarde desta segunda-feira (14), para debater um reajuste salarial e funcional para a categoria, reivindicando também melhoria nas condições de trabalho nas delegacias e institutos de todo o estado. O Sindicato dos Policiais Civis do estado (Sinpol) se reuniu com a Secretaria de Defesa Social (SDS), quando foi apresentada a proposta de 20% de reajuste salarial para todas as categorias profissionais representadas pela entidade.
Após a reunião, os policiais rejeitaram por unanimidade a proposta do Governo e seguiram em passeata na Avenida Cruz Cabugá e decidiram pela greve geral de todas as atividades no Estado.
Em nota, a SDS afirmou que foi surpreendida com a decretação de greve e afirmou que a disposição para o diálogo será mantida, na busca de soluções que não penalizem a população e garantam a valorização profissional. O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) determinou a cobrança de multa de 300 mil reais por dia ao Sinpol caso de paralisação de qualquer natureza.
A categoria está em estado de greve desde o dia 29 de dezembro realizou protestos por todo o Estado, como o Ato das Cruzes no Recife, Caruaru, Petrolina e Porto de Galinhas, denunciando o número de homicídios em Pernambuco, com mais de 3.000 mil mortes em 2021 e pelos 130 policiais civis vítimas da covid-19. O Sinpol também denuncia a incapacidade da Polícia Civil elucidar a grande maioria dos crimes por falta de estrutura nos postos de trabalho, falta de efetivo e o pior salário do país para a base da categoria.