Idosa morre no HRA e corpo é sepultado por engano na cova de outra pessoa

Foto: Edvaldo Magalhães/Arquivo Liberdade

O Hospital Regional do Agreste (HRA), em Caruaru, sepultou a idosa Angelita Petronila dos Santos, de 96 anos, na cova de uma outra pessoa e em menos de duas horas após a morte. Segundo familiares, ela faleceu por infecção urinária e não Covid-19.

A família da idosa só tomou conhecimento da troca do corpo quando o neto Ricardo Mota foi comunicado da morte e se dirigiu ao hospital para providenciar o sepultamento. Chegando lá, ao perguntar pelo destino da avó, um servidor apontou para um corpo encoberto em meio a tantos outros no IML. Quando levantou a proteção do rosto, não era sua avó.

Dona Angelita já havia sido sepultada sem a família se despedir dela e nem ao menos dar autorização com nome de outra vítima da Covid-19. Ela estava internada desde a quarta-feira (24) com infecção urinária. O neto da idosa afirmou que ela não morreu de Covid, como está atestado no óbito, mas o comunicado da direção da unidade de saúde afirma que sim.

Dona Angelita foi sepultada por engano, no Cemitério Dom Bosco, na cova de outra paciente, que faleceu no dia anterior. A família a quem pertence esta sepultura alega que só vai permitir a abertura para desenterrar o corpo mediante decisão judicial. Diante da situação, o neto registrou um boletim de ocorrência para que dona Angelita seja enterrada no povoado de Malhada de Pedra, onde morava.

Em nota, a direção do Hospital Regional do Agreste lamentou o ocorrido e informa que a situação está sendo apurada a partir de uma sindicância. Uma comissão foi formada com o objetivo de detectar as falhas, apontar os culpados e evitar que fatos como esse voltem a acontecer.

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