A segunda edição da Baobácine – Mostra de Filmes Africanos do Recife, estende sua programação para Caruaru, Agreste de Pernambuco. No dia 18, a capital do forró receberá quatro produções clássicas e contemporâneas do cinema africano, entre curtas e longas-metragens. Os filmes selecionados enfocam os desafios enfrentados pelas subjetividades africanas e pelo próprio cinema do continente. Serão exibidos Câmera da África (1983), de Férid Boughedir, Karingana – Os Mortos Não Contam estórias (Moçambique, 2020) de Inadelso Cossa, Jamal (Sudão, 1981), de Ibrahim Shaddad e Conversando sobre árvores (Sudão, 2019), de Suhaib Gasmelbari.
A II Baobácine dedica especial atenção ao cinema do Sudão, um país cuja produção de filmes é diretamente impactada pelos processos de ruptura política que marcam sua história recente. A programação estará em cartaz no Teatro Rui Limeira Rosal (Sesc), com sessões às 18h e 20h. A entrada é gratuita.
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A mostra inclui ainda o minicurso “O cinema e o espelho”, que será facilitado pela cineasta Everlane Moraes (SE/BA). A formação propõe a construção de novos olhares pela perspectiva de um cinema não-hegemônico e afrodiaspórico. Everlane é formada em Artes Visuais e especializada em Direção de Documentário pela Escuela Internacional de Cine y Television de Cuba. Seus filmes evidenciam questões sociais, filosóficas e espirituais da diáspora negra. O minicurso acontecerá nos dias 20 e 21 de dezembro, no Museu do Barro, às 18h. As inscrições são gratuitas e estão abertas até o próximo dia 14 neste link.
As atividades da II Baobácine se encerrarão com um show de artistas que reverenciam em sua música a ancestralidade negra e indígena: Raquel Santana, Vitória do Pife e Flor das Chagas. O show será realizado no dia 21 de dezembro às 23h no Tejota Ateliê, e contará com participações especiais de Natália Lopes, Ana Cordeiro e Luann Ribeiro. Os ingressos custarão R$ 15. Produzida por mulheres negras de Pernambuco e Rio de Janeiro, a Baobácine tem como objetivo a descolonização do olhar e formação de plateias para o cinema africano. No Recife, a segunda edição da mostra aconteceu no Teatro do Parque e contou com público de 220 pessoas. Sua realização é do Fazendo Milagres Cineclube em parceria com o FICINE – Fórum Itinerante de Cinema Negro. A mostra tem incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura) e apoio da Cinémathèque Afrique da Embaixada da França no Brasil.
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Mais informações pelo Instagram: @baobacine e pelo Blog: baobacinemostra.blogspot.com
