No Recife, Eduardo Leite fala sobre prévias: “agora o PSDB vai ter que decidir qual é a cara que ele quer ter”

Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), amenizou o clima de disputa interna no partido entre os candidatos as prévias tucanas. A eleição interna acontecerá em novembro deste ano e até o momento, além de Leite, também se colocaram a disposição do partido para concorrer a eleição presidencial de 2022 o governador de São Paulo João Doria e o senador cearense Tasso Jeireissati.

“O PSDB fala-se sobre divisão, mas na verdade isso é a força do partido de ter quadros para poder discutir um processo sucessório. Você ter o governador de São Paulo que é um quadro importante, um ex-governador do Ceará, um ex-prefeito de Manaus com condições de se apresentar, assim como eu modestamente acho que tenho condições de me apresentar para liderar o projeto como governador do RS que sou hoje, isso é um ativo, isso é uma força do partido”, disse o governador do Rio Grande do Sul, que em seguida listou os defeitos da oposição.

“Em contraponto, do outro lado você tem um presidente que é um projeto pessoal, um projeto familiar de ocupação de espaço de poder, não nasce nada a volta dele. Não se formam lideranças a sua volta a não ser os seus próprios filhos. De outro lado um ex-presidente da República que concorreu em 89, 94, 98, 2002, 2006, depois foi o protagonista em 2010, 2014, tentou voltar em 2018, está aí de novo em 2022, quer dizer, não deixa surgir nada de novo nem no seu partido, o que de novo ele pode oferecer para o Brasil? O PSDB não tem isso. O PSDB tem espaço para discussão. Para criar as novas lideranças e eu acredito nesse caminho. Estamos discutindo no partido qual é a cara que o PSDB quer ter na próxima eleição do ponto de vista programático, no que a gente pensa para o Brasil, organização para o Estado, papel para a economia, programas sociais e a gente está muito próxima, até por isso somos o mesmo partido. Embora não pensemos igual sobre tudo. Nem na casa da gente a gente pensa igual sobre tudo. Mas agora o PSDB vai ter que decidir qual é a cara que ele quer ter. Qual é o estilo de política que vai se apresentar para a população. Essa é a discussão que vai ser feita internamente com serenidade, sem atacar ninguém, mas falando de uma política que a gente acredita”, concluiu Eduardo Leite.

o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), desembarcou no Recife às 11h35. Em Pernambuco, o gestor foi recebido, no Recife, pela prefeita de Caruaru e presidente estadual do partido, Raquel Lyra, que é cotada pela oposição local para disputar o Governo de Pernambuco ano que vem. O presidente nacional do PSDB, o pernambucano Bruno Araújo, também participou da recepção. O ex-vereador do Recife e professor, André Régis (PSDB) e o deputado federal Daniel Coelho (Cidadania), acompanharam as agendas no Recife.

Eduardo Leite começou os compromissos na Capital no início da tarde, por volta de 12h, com uma visita ao Porto Digital, na área central do Recife. Em seguida, ainda no local, concedeu entrevista. Após visita, seguiu rumo a Caruaru. Às 16h, o gestor gaúcho vai conhecer o Museu Mestre Vitalino e em seguida, o artesão Luiz Antônio.

 Em Pernambuco, Eduardo Leite chega com a missão de popularizar sua imagem na região. Como possível presidenciável, ele se articula para ser um dos nomes cotados para ser a “terceira via”, que busca enfraquecer a polarização entre o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“A gente está num processo de discussão sobre o futuro do Brasil, a gente tem uma polarização aí colocada, mas com uma rejeição aí colocada dos dois nomes também. O Brasil precisa encerrar um capítulo de disputa, de guerra, e focar na discussão do futuro. É uma alegria para mim vir aqui a Recife, acompanhar o projeto do Porto Digital, com toda a sua demonstração de capacidade e conversão de uma área que estava subutilizada com algum nível de degradação até e que na medida em que recebe investimento público, foca na reconversão dessa área ligada a tecnologia e transforma nos maiores exemplos do País em termos de direcionar a nossa economia para o que é o futuro para o que se espera para o futuro”, comentou Eduardo Leite.

“Qual é o segredo para isso? É justamente não desperdiçar energia em conflitos e confrontos que são completamente inúteis e estéreis. A gente vê o Brasil dividido. A gente não consegue ficar 48h sem um clima de guerra no País por conta de temas que não vão tocar na vida das pessoas: você fica discutindo voto impresso, mudança no sistema eleitoral para retroceder. Ataques as instituições, constantes agressões entre as partes que fazem a política e os problemas que são enfrentados não são efetivamente enfrentados. Por isso que a gente vem aqui no Recife, vamos a Caruaru, vamos conversar com as nossas lideranças, prefeita Raquel Lyra que é uma dessas jovens lideranças que é um exemplo da política feita olhando para as pessoas, para cuidar das pessoas que realmente precisam e poder ouvir daqui de Pernambuco outros exemplos do que a gente deve pensar do Brasil como um todo”, disse, criticando também a agenda política do presidente Jair Bolsonaro.

Informações Blog da Folha

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