Estudantes de Canhotinho criam audiolivros para colegas com deficiência visual

A pandemia atual tem proporcionado grandes desafios para estudantes em todo País e uma nova rotina de cuidados precisou ser adotada. Pessoas com deficiência visual, por exemplo, devem tomar cuidados redobrados para evitar o contágio pelo novo coronavírus pelo toque, já que o tato é uma das principais formas de perceberem o mundo. Um outro sentido que é fundamental no processo de aprendizagem de quem tem deficiência visual é a audição.

Pensando nisso, estudantes do 7º ano do ensino fundamental da Escola Municipal Edite Porto Mendonça de Barros, em Canhotinho, Agreste de Pernambuco, se uniram para criar o projeto “Além do Olhar – Produção de Audiolivros para deficientes visuais”. A iniciativa recebeu menção honrosa na última edição do prêmio Desafio Criativos da Escola, organizado pelo programa Criativos da Escola do Instituto Alana.

Após se sensibilizarem com as dificuldades enfrentadas por um colega com deficiência visual, o grupo teve a ideia de gravar audiolivros para ajudá-lo com os estudos. Com o apoio de professores, eles se reuniram e fizeram um cronograma para gravar os livros.

Para entender melhor os desafios enfrentados pelos alunos com baixa visão, o grupo solicitou indicações de outros estudantes com deficiência visual para a Secretaria Municipal de Educação de Canhotinho. Assim, puderam conversar e pedir opiniões para elaborar audiolivros adequados às necessidades de pessoas cegas ou com baixa visão.

Com as informações em mãos, os estudantes analisaram exemplos de audiobooks para entender os elementos característicos do gênero e, no estúdio da escola, iniciaram a gravação do primeiro capítulo do livro. O material foi divulgado para a comunidade e passou a ser utilizado em sala de aula e no atendimento do Atendimento Educacional Especializado (AEE).

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