Em meio a via-crúcis, Santa tenta arrancar fôlego com kits e ingressos virtuais

Torcida do Santa Cruz no estádio do Arruda (Foto: Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco)

O Santa Cruz tem se virado como pode para não deixar as receitas caírem ainda mais. Lançamento de máscaras personalizadas, campanha para monetizar produções de conteúdos digitais, em parceria com a TV Coral, e venda de ingressos virtuais foram algumas das alternativas encontradas pelo Tricolor para minimamente estancar o prejuízo provocado pela paralisação do futebol, devido ao novo coronavírus.

Como antecipado na terça pela reportagem, o clube fechou o mês de abril com queda de 74% no quadro de sócios, perda que equivale a um furo de aproximadamente R$ 210 mil aos cofres corais. A pretensão do clube é juntar a receita proveniente do pouco mais de 1 mil sócios adimplentes que restaram – com rendimento na faixa dos R$ 90 mil -, com o recolhimento da venda dos kits de máscaras personalizadas e dos ingressos virtuais, da campanha “Reviver o Arruda”.

Segundo o diretor de marketing do Santa, Guilherme Leite, as iniciativas têm gerado bons frutos, e, até então, é o que, minimamente, deve garantir parte do pagamento dos funcionários, com estimativa de retorno entre R$ 90 mil a R$ 200 mil juntando somente as receitas da venda das máscaras com a arrecadação dos sócios. Mais de 2 mil kits foram vendidos desde o dia 20 de abril.

Como recompensa, o Santa Cruz estuda a melhor forma de começar as entregas das máscaras nas comunidades do entorno do Arruda. Para a ação, serão destinados 2 mil kits, de acordo com Guilherme.

Jogo Online
Lançada no dia 23 do mês passado, a campanha “Reviver o Arruda”, em alusão à inauguração do José do Rego Maciel, em 1972, diante do Flamengo, ultrapassou os R$ 20 mil em arrecadação pela venda de ingressos virtuais. Até o momento, o clube conseguiu vender, ao todo, 1.251 bilhetes, sobre os quais recolheu R$ 21.767, sendo R$ 15.237 endereçado ao clube, e os outros R$ 6.530 distribuídos para as instituições parceiras do Santa que atuam no combate à Covid-19. A meta é bater os mais de 62 mil torcedores que compareceram à partida contra o rubro-negro carioca, em 1972.

De acordo com o diretor de marketing da Cobra Coral, no entanto, toda a ajuda financeira destinada ao clube é bem-vinda, destacando, ainda, não ser esse o momento de exigir muito da torcida tricolor, em meio à crise.

“Lançamos a campanha com o objetivo de arrecadar ao máximo. Não é momento de muita cobrança sobre as pessoas. Colocamos isso (a campanha) mais como uma forma do torcedor ajudar comprando o ingresso e deu um resultado legal e qualquer ajuda que vier a mais vai fazer com que, juntando tudo, a gente consiga pagar pelo menos aos funcionários, que é o principal”, explicou.

“A gente espera que esse número cresça, mas a torcida está fazendo o papel dela ao comprar os produtos, a gente está com um volume bom de vendas. Esperamos que a torcida continue chegando junto”.

Ainda segundo Guilherme, alguns fornecedores ainda não receberam o mês de abril, devido a acentuada queda no faturamento do clube. No entanto, a Cobra Coral explicitou a difícil situação e entrou em um entendimento com os respectivos fornecedores que ficaram com os vencimentos em aberto.

Do Portal FolhaPE

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