Direção coral estuda questão trabalhista: ‘não vamos deixar ninguém na mão’

Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco

É certo que em meio à paralisação dos jogos devido a pandemia da Covid-19 no país, o cenário é de indefinição e, por isso, o momento exige cautela redobrada dos clubes quanto às questões trabalhistas que envolvem férias, redução ou mantimento dos salários e direito de imagem dos atletas. Em entrevista à Folha de Pernambuco, o presidente do executivo coral, Constantino Júnior, deixou claro que o clube estuda a melhor forma de estabelecer acordos com os jogadores, inclusive destacando as constantes conversas com o elenco, respeitando o momento enfrentado em todas as instâncias, e explicou que as ações planejadas pela Cobra Coral serão tomadas pensadas em favor do coletivo.

“Vamos negociar caso a caso. No primeiro momento temos que nos tranquilizar, ter criatividade para buscar recursos e reduzir gastos. Estamos buscando ações para isso, de forma negociável e inteligente. Ainda não chegamos a essa conclusão (de redução salarial ou não). Tudo é muito novo e, claro, temos que estar impacientes, buscando soluções, ao mesmo tempo não podemos ser irresponsáveis de não analisar o cenário. Não vamos deixar ninguém na mão de jeito nenhum”, explicou o chefe do executivo tricolor.

Clubes de Séries A e B já se mobilizam em acordos com seus jogadores, após a reunião por videoconferência, na última quinta (26). Os jogadores do Fortaleza, por exemplo, toparam receber 25% do salário de março somente quando a crise passar. Já em abril, os atletas abriram mão de 10% do salário em definitivo e de outros 15% provisoriamente. Os dirigentes e executivos do clube foram por um caminho semelhante e aceitaram pela redução em definitivo de 15% dos vencimentos de abril.

Atlético-MG também tomou ações parecidas. Os clubes ainda optaram por dar férias coletivas de 20 dias aos jogadores, a partir desta quarta-feira (01), período que pode ser estendido por mais 10 dias. Ao contrário das equipes que disputam o Brasileirão, o mandatário tricolor já havia ressaltado as diferentes realidades entre os clubes e as competições nacionais. Desta vez, Constantino pontuou também que a falta de projeção sobre quando os campeonatos vão retornar gera efeito direto nas tomadas de decisões no Arruda.

“A gente se reúne periodicamente, mas as decisões mudam a cada dia. É tudo muito dinâmico. Hoje, o cenário é um. Amanhã, já pode ser outro, principalmente com relação ao futebol. Não tem definição de nada e essa indefinição também gera certa demora nas nossas ações”, finalizou. 

Do Portal FolhaPE

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