‘Jeandependência’? Garçom e artilheiro, meia é referência do Náutico

Foto: Caio Falcão/Náutico/Divulgação

Artilheiro, garçom, homem das bolas paradas, armador, líder técnico…Escolha uma alcunha. Ou todas. Fato é que Jean Carlos tem sido o principal nome do Náutico em 2020. Sorte do clube, que pode contar com o atleta para resolver as partidas. Mas há quem enxergue o outro lado, o da dependência. O receio de ter vitórias condicionadas ao desempenho individual do camisa 10. A cada rodada, o meia se torna ainda mais importante aos alvirrubros. O que explica virtudes e defeitos do Timbu.

Elogiar Jean é discurso repetitivo. Com seis gols e 15 participações diretas para outros tentos, em 11 partidas disputadas, o meia vive seu melhor momento na carreira. Ratificado pelo protagonismo no triunfo do Náutico por 3×2, perante o CRB, no Rei Pelé, pela Copa do Nordeste. Uma bola na rede e duas assistências. Atuação exemplar ou, enxergando a fase em 2020, um “dia comum”.

“Ele é um ótimo jogador. Tivemos mérito de trazer um atleta de qualidade e saber conduzí-lo. Jean não vinha com boa sequência no clube que estava atuando e eu disse a diretoria que precisávamos dar ‘colo’. Ele foi decisivo no ano passado e sabíamos que ia produzir mais este ano por conta da boa pré-temporada que fez. Está bem fisicamente e também recuperou a autoestima. Ele já falou que antes seu comportamento não era de um atleta profissional, mas recuperou isso e está produzindo um grande futebol”, elogiou o técnico Gilmar Dal Pozzo.

Jean, porém, já percebeu que “com grandes poderes vem grandes responsabilidades”. No empate em 1×1 com o ABC, nos Aflitos, na rodada anterior do Nordestão, o meia foi criticado e chegou a discutir com alguns torcedores. A atuação no dia foi abaixo do que ele vinha produzindo antes, mas é exatamente nesse ponto que entra a preocupação de ter uma divisão desigual de protagonistas. Outros também precisam chamar a responsabilidade.

Jorge Henrique, Erick e Kieza, nomes com peso para repartirem os holofotes com Jean, ainda não engrenaram. Embora tenha marcado contra o CRB, Jorge está aquém do esperado. Não é titular do time, colecionando atuações tímidas para o que se espera dele. Erick teve um bom início de temporada, mas caiu de rendimento. Os dois, inclusive, tiveram nos pés a chance de classificar o Náutico na Copa do Brasil, contra o Botafogo, mas desperdiçaram. Já Kieza teve uma exibição de classe ao marcar duas vezes contra o Decisão, mas sofreu uma lesão no tornozelo esquerdo e passou um mês fora. Ao retornar, o camisa 9 esteve apagado. Um bom desempenho do trio pode não só tirar das costas de Jean a missão de ser sempre o “salvador”, como também elevar o nível de futebol do Timbu em 2020.

Do Portal FolhaPE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

scroll to top
error: O conteúdo está protegido !!