Divulgados os homenageados do São João de Caruaru 2018

A Fundação de Cultura e Turismo de Caruaru selecionou cinco personagens ilustres da história da cidade que serão homenageados no São João 2018. Os nomes foram divulgados nesta quarta-feira (25). São eles: O escritor e compositor Nelson Barbalho, em comemoração ao seu centenário este ano; o colunista social Jotta Lagos; o organizador de eventos Zé Lucía do Palhoção (os três in memoriam); a compositora e poetisa Fátima Marcolino; e a boleira Maria do Bolo.  Foram os escolhidos por todo o fomento à cultura e à história da região.

Veja as biografias de cada homenageado

Nelson Barbalho (in memoriam) – Nelson Barbalho de Siqueira nasceu em Caruaru em 02 de junho de 1918, era filho de comerciantes e foi aluno do poeta Augusto Tabosa. Escreveu para jornais da cidade e revistas literárias, onde escrevia crônicas e textos baseados em lembranças e memórias. Foi um grande compositor de forró e baião, tendo várias composições gravadas por Luiz Gonzaga, como “Capital do Agreste”, “Comício no Matão”, “Xote das moças” e a toada “A morte do vaqueiro”, que se tornaria um clássico, dando origem à Missa do Vaqueiro. Nelson morreu no dia 22 de outubro de 1993.

 

Jotta Lagos (in memoriam) – Juvanci Brasilino Lagos, mais conhecido como Jotta Lagos, nasceu em 16 de novembro de 1948, atuou por 49 anos no colunismo social e ficou conhecido por fazer eventos como o “Grande Noite”, que reconhecia a importância das pessoas que foram destaques durante o ano. Além disso, atuava no Jornal do Jotta; comandava, há 30 anos, o programa semanal “Jotta Lagos em Sociedade” na Rádio Liberdade; produzia, ainda, o famoso ‘Forró Society’ e estava empenhado na construção da sua biografia. Jotta morreu em 12 de janeiro de 2018, vítima de um edema agudo pulmonar.

 

Fátima Marcolino – Paraibana que adotou Caruaru, Fátima é compositora, escritora e poetisa. Herdou do pai, Zé Marcolino, também paraibano, o dom de compor músicas que retratam o dia a dia do nordestino. Um dos grandes momentos da vida da poetisa foi o encontro com Luiz Gonzaga, que fez um show em homenagem ao seu pai, um ano depois da sua morte. Lançou, recentemente, seu livro de poesias “A mesa da cozinha lá de casa”. Dentre as composições famosas, em parceria com o irmão Bira Marcolino, estão “Siá Felícia”, “A cartilha da canção” e “Porteira da Saudade”.

 

Zé Lucía do Palhoção (in memoriam) – José Severino de Arruda, conhecido como Zé Lucía do Palhoção, era natural de Surubim e adotou Caruaru como cidade do coração, onde viveu a maior parte da vida. Apaixonado por São João e forró, ele passou a organizar, nos anos 1970, festas de ruas nos bairros durante o período junino. Em 1975, inaugurou a Casa do Forró (localizada onde atualmente funciona a Casa dos Pobres São Francisco de Assis). O primeiro show da Casa foi de Luiz Gonzaga. O local se firmou como um dos espaços mais importantes do forró na cidade. Zé Lucía também organizou o Palhoção do Bairro Petrópolis e concurso de quadrilhas na Avenida Rio de Janeiro, no bairro São Francisco. Faleceu em 2009.

 

Maria do Bolo – Maria Eugênia da Silva, conhecida por Maria do Bolo, é mãe de seis filhos e responsável por uma das festas de comidas gigantes mais tradicionais de Caruaru, o Pé de Moleque gigante. Há 21 anos, ela idealizou a festa, realizada no bairro das Rendeiras, e que atrai milhares de moradores de toda a cidade. A iguaria de D. Maria chega a pesar 800 kg. Atualmente, o filho mais velho é um dos responsáveis pela produção do bolo gigante e D. Maria é a coordenadora do evento.

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