Náutico sofre virada e sai vaiado pela torcida

Foto: Anderson Stevens/FolhaPE

Castigado pela incompetência ofensiva e pela falta de atenção nos últimos minutos. Essa é a análise mais crua sobre os motivos que levaram à derrota do Náutico por 2×1 para o Paraná, na Arena de Pernambuco, pela sétima rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. O problema, contudo, vai além. O Timbu parece fadado ao fracasso na competição. Não há sinais de melhora ou, ao menos, um triunfo que sirva de motivação para sair da crise. A cada jogo, uma decepção. Vaias para o time, gritos de “burro” para Waldemar e a certeza de que o Timbu vive seu pior momento dos últimos anos.

Sem Nirley e Darlan, suspensos, o técnico Waldemar Lemos promoveu as estreias de Feliphe Gabriel (base) e Renan Paulino (recém-contratado) no time titular. Joazi, Jeanderson e Giovanni ganharam as vagas de David, Manoel e Rodrigo Souza – esse último, inclusive, não jogou por conta de uma renegociação contratual com o Náutico.

Convivendo com o fantasma do rebaixamento, as equipes não adotaram o perfil cauteloso de “reconhecimento do adversário” nos primeiros momentos do jogo e partiram logo para cima. O resultado foi um gol para cada lado antes dos 10 minutos. O goleiro Richard tentou dar um chutão, mas estava com o pé torto. Atento ao lance, Vinícius aproveitou a reposição errada e abriu o placar. Festa que durou três minutos. Minho aproveitou sobra de escanteio e acertou um chute no ângulo de Tiago Cardoso, que ficou apenas olhando a bola morrer no fundo das redes.

Voltando a atuar com um meia de criação após a saída de Marco Antônio, o Náutico melhorou a fluidez na sua distribuição de jogada graças a Giovanni. O camisa 10 quase marcou o seu em chute fora da grande área defendido pelo goleiro paranaense. O tiro de longa distância, diga-se de passagem, era também a arma dos visitantes, principalmente nos pés de Robson e Felipe Alves.

Com Esquerdinha na vaga de Giovanni e Iago no lugar de Gerônimo, Waldemar manteve o esquema e tentou adicionar mais velocidade no setor ofensivo. Melhor no segundo tempo, o Náutico criou inúmeras chances de marcar o gol que daria os três pontos. Erick foi o responsável pelas principais. O camisa 33 teve pelo menos três oportunidades de marcar, mas parou na zaga e no goleiro Richard.

De tanto pressionar (e não fazer), o Náutico foi cedendo espaço ao adversário. E quando o resultado de 1×1 já revoltava os mais de 1.500 torcedores que estavam presentes na Arena, o pior aconteceu: Gabriel Dias puxou contra-ataque e tocou para Robson virar a partida e decretar o 2×1. Mais lanterna do que nunca, o Náutico saiu de campo vaiado e aumentou ainda a pressão em cima do técnico Waldemar Lemos.

FICHA DO JOGO:
Náutico 1
Tiago Cardoso; Joazi, Feliphe Gabriel, Aislan e Jeanderson; Amaral, Renan Paulino e Giovanni (Esquerdinha); Erick, Vinícius (Alison) e Gerônimo (Iago).Técnico: Waldemar Lemos

Paraná 2
Richard; Cristovam, Wallace, Brock e Igor; Leandro Vilela (Jhony), Gabriel Dias, Minho e Guilherme Biteco (Mateus Carvalho); Robson e Felipe Alves (Rafael). Técnico: Cristian de Souza

Local: Arena de Pernambuco (São Lourenço da Mata/PE)
Árbitro: Marcelo Aparecido R. de Souza (SP). Assistentes: Anderson José de Moraes Coelho e Fabio Rogerio Baesteiro (ambos de SP)
Gols: Vinícius (aos 5 do 1ºT), Minho (aos 8 do 1ºT) e Robson (aos 45 do 2ºT)
Cartões amarelos: Jeanderson, Erick (N); Leandro, Jhony (P)
Renda: R$ 11.290,00
Público: 1.700 torcedores

Fonte:FolhaPE

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