Juninho sai do banco de reserva e dá vitória ao Sport diante do Náutico na semifinal do Pernambucano

Foto: Anderson Steves/FolhaPE

Tudo parecia acabado para os rubro-negros. Poucas vezes a Ilha do Retiro tinha presenciado um jogo onde nada dava certo para o Sport. Essa era a sensação até os 45 minutos do segundo tempo. A primeira semifinal do Campeonato Pernambucano era do Náutico, com a vantagem de 2×1. Até que nos últimos minutos, um herói oriundo das categorias de base do Leão resolveu colocar tudo nos trilhos. Duas vezes, Juninho. Vitória emocionante, diante de um adversário que contou apenas com a sorte, nas duas únicas finalizações que teve no jogo. Com o resultado, o Leão joga pelo empate no próximo domingo, às 16h, na Arena Pernambuco. O Náutico precisa vencer por dois para não precisar dos pênaltis.

A superioridade rubro-negra, no primeiro tempo do Clássico das Emoções foi absurda. Não há outra palavra. Os números, ao final dos 45 minutos iniciais, ajudam na utilização de tal adjetivo. O Leão, que chegou a ter 72% de posse de bola no jogo, terminou a primeira metade do jogo com 66%, contra 34% do Náutico. No quesito finalizações: quatro no gol de Tiago Cardoso, e nove fora do alvo alvirrubro; O Náutico errou quatro chutes, e acertou apenas um – mas esse chute será destrinchado nas próximas linhas.

O técnico Ney Franco montou a equipe com três volantes. Mesmo esquema da partida da volta contra o Campinense. Diante dos paraibanos, o Leão teve mais sorte antes de descer para os vestiários (já vencia a partida por 2×0). Contra o Náutico, o goleiro Tiago Cardoso foi responsável pelos milagres que o torcedor leonino já está acostumado a saber. A trave também ajudou o Timbu, após cabeceio de André, aos 30 minutos. A defesa alvirrubra não parecia ter forças para conter o Sport. E no ataque, a equipe pouco foi efetiva. Mas a única finalização dos visitantes no jogo deu resultado.

Aos 44 minutos, falta na ponta direita. Marco Antônio andava apagado no jogo. Mesmo assim, se portou como o cobrador oficial e foi na bola. Resultado: bola no ângulo de Magrão, que pouco pode fazer. 1×0 que deu um misto de alegria por parte do Náutico e espanto em todo o estádio. Na volta para o segundo tempo, nenhuma mudança dos dois times. Até a postura foi mantida. Mas a sorte leonina, em um lance, de fato, foi diferente. Aos quatro minutos, um escanteio foi cobrado e a bola ficou passeando pela pequena área do Náutico, até encontrar os pés de Diego Souza. Empate.

No lance seguinte, por pouco, a virada não aconteceu. Novamente Diego Souza, finalizou na grande área e acertou a trave de Tiago Cardoso. Mas se nada dava certo para os rubro-negros, tudo parecia convergir para os alvirrubros. Aos 20 minutos, uma bola que sobrou na pequena área, foi encontrada por Anselmo, que colocou o Timbu novamente na vantagem. Até aquele momento, não havia Juninho em campo. Foi quando o técnico Ney Franco apostou no garoto artilheiro. E num intervalo de tempo de dois minutos, entre os 45 e 47 minutos, dois gols. 3×2 e vantagem leonina para o segundo jogo da semifinal.

FICHA DE JOGO

3 SPORT
Magrão; Samuel Xavier, Henríquez, Durval e Mena (Reinaldo Lenis); Ronaldo (Everton Felipe), Fabrício, Rithely e Diego Souza; Rogério e André (Juninho). Técnico: Ney Franco

2 NÁUTICO
Tiago Cardoso; David, Tiago Alves, Everton Páscoa e Manoel; Rodrigo Souza (Nirley), João Ananias e Marco Antônio; Dudu (Maylson), Erick e Anselmo (Alison). Técnico: Milton Cruz

Local: Estádio da Ilha do Retiro, no Recife
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhaes
Assistentes: Guilherme Dias Camilo e Emerson Augusto de Carvaho
Gols: Marco Antônio (aos 44 do 1ºT); Diego Souza (aos 7 do 2ºT); Anselmo (aos 20 do 2ºT); Juninho (aos 45 e 46 do 2ºT)
Cartões amarelos: Ronaldo, Mena (Sport); Manoel, Rodrigo Souza (Náutico)
Público: 15.082 Renda: R$ 289.785,00

Fonte: FolhaPE

 

 

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