Fogos de artifício e a dor de quem escuta

Com a pandemia de Covid-19 ainda na ativa as comemorações juninas foram modificadas e algumas coisas foram totalmente canceladas, foi o caso da proibição de fogueiras e fogos de artificio em algumas cidades. Porém, não foram todas as cidades que aderiram a essa proibição e mesmo assim não são todos que seguem essas regras. Com os grandes eventos tendo sido cancelados ou transformados em eventos on-line como lives a tendência é que os festejos ao ar livre sejam substituídos por reuniões e festas em casa mesmo, o que leva o barulho ainda mais para dentro do ambiente dos animais domésticos.

Para se ter uma ideia de quão incomodo são os barulhos para os animais, basta lembrar que eles tem a audição até 4 vezes mais sensível que a dos humanos, sem falar das explosões e efeitos luminosos dos fogos que podem fazer com que se sintam ameaçados e angustiados, gerando assim mais estresse e ansiedade a eles. As reações dos pets são diversas, mas algumas fáceis de identificar são miados e latidos mais intensos como forma de reclamação, a tentativa de encontrar um local para se esconder, onde se sintam mais protegidos, e existem as mais graves: Perfurações no tímpano, tremores, convulsões e parada respiratória.

Esse risco existe porque o estresse eleva os batimentos cardíacos. O perigo é maior para os pets com alguma cardiopatia e os idosos, mas isso não significa ausência de risco para os demais. É fundamental conhecer bem o seu animal de estimação, pois será mais fácil perceber mudanças no comportamento dele.

Alguns cuidados simples podem ajudar a minimizar o desconforto e, principalmente, os riscos associados aos estampidos dos fogos. Pensando assim, no bem estar dos pets e seus donos trazemos algumas dicas de como você pode transformar uma situação ruim, estressante e por muitas vezes dolorosa para seu bichinho em um momento mais seguro, tranquilo e até divertido.

Portões fechados :
Alguns pets, como instinto de defesa correm de forma desesperada para sair do local de estresse. São inúmeros os relatos de animais que fugiram após barulho de fogos e se perderam. Dependendo da área, correm risco ainda de atropelamento. Sendo assim, mantenha os portões e portas fechadas.

Ambiente tranquilo e seguro:
Prepare um local seguro dentro de casa para o seu pet se esconder, eles muitas vezes preferem pequenas áreas fechadas, portanto separe um local com a caminha ou almofada que ele gostar de deitar, comida e água. Se possível feche as janelas e cortinas fechadas pois vai ajudar a diminuir o contato visual com os efeitos de luz. Vale também colocar um ventilador para diminuir o som dos fogos e ainda esfriar o seu pet.

Fique calmo:
Tente manter um comportamento tranquilo, com ações habituais, de forma que o ambiente fique o mais próximo possível de como é costumeiramente, e um tom de voz sereno.

Entretenimento:
Se o pet tiver brinquedos favoritos ou gostar de caçar petiscos escondidos, vale a pena investir em um entretenimento que prenda a atenção dele e o faça desfocar da expectativa por novos estampidos.

Proteção para os ouvidos:
Nos animais que apresentam desconforto mais acentuado com o barulho, uma opção é colocar um chumaço de algodão nos ouvidos, semelhante ao utilizado durante os banhos. Caso você nunca tenha colocado, é bom pedir orientações antes a um médico veterinário, para evitar acidentes.

Medicação:
Se você já tentou vários recursos, mas nunca conseguiu acalmar o pet durante momentos de foguetório, o ideal é conversar com o médico veterinário que o acompanha para elaborar a melhor estratégia para esses momentos, podendo recorrer até a medicações com efeito calmante.

Nas cidades do interior:
É comum muitas famílias procurarem cidades do interior durante o período junino, porém em locais mais afastados dos centros urbanos, estão os animais silvestres, que também sofrem com o impacto dos fogos de artifício. Algumas aves chegam a abandonar ninhos e filhotes para fugir do barulho.

Não são só os animais que sofrem com os fogos:
Os fogos também geram desconforto para bebês, sobretudo os recém-nascidos, pessoas idosas, pessoas com autismo, enfermos e aqueles com algum tipo de trauma.

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