Secretaria de Saúde de Caruaru divulga nota sobre caso suspeito de coronavírus em Pernambuco

Técnicos do Samu Recife vestidos com EPIs durante transferência da paciente com suspeita de Covid-19

A Secretaria de Saúde de Caruaru divulgou nota, na manhã desta quarta-feira (26), sobre o primeiro caso suspeito do coronavírus em Pernambuco. Informou que tomou conhecimento por meio de familiares da paciente, de 51 anos, e, antes do desembarque, a Secretaria Estadual de Saúde, através do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pernambuco (Cievs), foi notificada, o que possibilitou uma intervenção oportuna, assegurando os cuidados necessários e isolamento da paciente.

É importante destacar, que a paciente não teve contato presencial com ninguém de Caruaru. O caso só será confirmado ou descartado após a realização de exames complementares.

A Secretaria de Saúde de Caruaru reforça que, desde o dia 22 de janeiro de 2020, orientou todas as unidades de saúde do município com a estratégia que está prevista no plano de enfrentamento municipal para epidemias de influenza e síndromes respiratórias. Diante disso, a cidade de Caruaru possui profissionais capacitados e unidades preparadas para o manejo clínico e coletas de amostras biológicas de pacientes que apresentem sinais e sintomas dos agravos, até que o paciente seja transferido para uma das unidades de referência estadual: Hospital Oswaldo Cruz e Hospital Correia Picanço, ambos em Recife.

Durante os próximos dias reforçaremos as estratégias conjuntas com a Secretaria Estadual de Saúde e manteremos a sociedade informada.

O que é o novo coronavírus?

É um novo vírus que tem causado doença respiratória pelo agente coronavírus, com casos recentemente registrados na China. Importante saber que os coronavírus são uma grande família viral, conhecidos desde meados de 1960, que causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais. Geralmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderadas, semelhantes a um resfriado comum. Alguns coronavírus podem causar doenças graves com impacto importante em termos de saúde pública, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), identificada em 2002 e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), identificada em 2012.

Como é feita a transmissão?

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: gotículas de saliva; espirro; tosse; catarro; contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão; contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Os coronavírus apresentam uma transmissão menos intensa que o vírus da gripe e, portanto, o risco de maior circulação mundial é menor. O vírus pode ficar incubado por duas semanas, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção.

O que pode ser considerado um caso suspeito?

Situação 1: Pessoas com histórico de viagem para área com transmissão local, de acordo com a OMS, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas, que apresentem Febre e pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar);

Situação 2: Pessoas com histórico de contato com caso suspeito para o coronavírus (2019-nCoV), nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas; que apresentem Febre e pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar);

Situação 3: Pessoas com contato próximo de casos confirmado de coronavírus (2019-nCoV) em laboratório, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas, que apresentem Febre e pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar).

Como se prevenir?

Os cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão: evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas; realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente; utilizar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; higienizar as mãos após tossir ou espirrar; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os ambientes bem ventilados; evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença; evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.

Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

Qualquer sinal e sintoma suspeito que preencha o critério das situações mencionadas acima, a pessoa deve se encaminhar para as unidades de urgência e emergência mais próximas de sua residência.

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