Música é protagonista no Festival MIMO de Cinema​

Festival MIMO de Cinema anuncia programação completa para a edição Olinda, que acontece entre os dias 17 e 19 de novembro. Serão exibidas 13 produções inéditas, entre longas, médias e curtas-metragens, divididas em duas mostras: Panorama Brasil e Um Outro Olhar. As projeções acontecerão na tenda do Mercado da Ribeira e no pátio da Igreja da Sé. São obras de diferentes gêneros, que cativam a plateia desde a primeira edição em 2004, com projeções ao ar livre, em telões, tendas, cineclubes e salas de exibição. Com direção e curadoria de Rejane Zilles, as sessões de cinema contarão com a presença

​com alguns​

diretores das obras

​ selecionadas por meio de edital​

.

A abertura da programação deste ano será com o longa-metragem pernambucano de Sérgio Oliveira, “Super orquestra arcoverdense de ritmos americanos”. O filme, premiado no Festival do Rio 2016, nas categorias “Melhor direção de documentário” e “Melhor fotografia”, traz, em tom de fábula, um recorte do sertão contemporâneo, onde convivem festas de debutantes riquíssimas e pessoas e animais em paisagens áridas.

Outro destaque do festival é o longa inédito “Híbridos, os espíritos do Brasil” dos cineastas franceses Vincent Moon e Priscilla Telmon. O documentário

​explora

o tema dos rituais religiosos Brasil afora e toda a musicalidade que emerge desses fenômenos sociais. Moon alcançou notoriedade internacional com a produção de vídeos para internet de artistas como REM, Arcade Fire, Tom Jones, Beirut, Grizzly Bear e Sigur Ros.

Na Igreja da Sé será exibido o documentário “Onildo Almeida – Groove Man”, que narra a história do caruaruense autor de clássicos imortalizados por Luiz Gonzaga. O pernambucano revisita aos 88 anos algumas de suas 600 canções. Interpretado por Agostinho dos Santos, Maysa, Jackson do Pandeiro, Chico Buarque, Gal Costa, Gil e Caetano, o compositor é chamado de “groove man” pelos tropicalistas, dada a variedade de gêneros e ritmos que explorou ao longo da carreira.

Outros filmes narram a trajetória de ícones da música popular brasileira. É o caso de “Torquato Neto – todas as horas do fim”, sobre a vida e obra do poeta em diversas manifestações artísticas (a começar pela música) e o seu protagonismo na revolução cultural brasileira nas décadas de 1960 e 1970. Ele ficou conhecido como “o anjo torto da Tropicália”.

O documentário “Clara Estrela” (de Susanna Lira e Rodrigo Alzuguir), conta em primeira pessoa, a trajetória de Clara Nunes. O longa-metragem é construído sem entrevistas, apenas com depoimentos da cantora na mídia impressa, na voz da atriz Dira Paes, e se destaca pelo ineditismo do arquivo de imagens e pela minuciosa seleção musical. Na mesma sessão será exibido o mais recente trabalho do cineasta Beto Brant “Ilú Obá de Min – Homenagem à Elza Soares, a Pérola Negra” – que acompanha o desfile do coletivo de tambores e corpo de baile formado exclusivamente por mulheres, pelas ruas de São Paulo no Carnaval de 2016, exaltando a cultura afro-brasileira. Já “Fevereiros”segue os passos de Maria Bethânia no Carnaval de 2016, quando foi homenageada pelo vitorioso enredo da Mangueira, “Maria Bethânia: A menina dos olhos de Oyá”.

Completando a programação, uma rica seleção de curtas-metragens, onde a musica é protagonista.

Realizado por Lu Araújo Produções e Musickeria, o MIMO Festival é apresentado pelo Ministério da Cultura, Bradesco e Cielo, tem o patrocínio do BNDES e Hero – Serviço de Segurança Digital, promovido pela FS, tem como parceiras a Prefeitura de Paraty e Olinda, além de contar com a Azul Linhas Aéreas como companhia Aérea Oficial e Minalba como Água Oficial, apoio da Estácio e 99. Em julho deste ano, a segunda edição portuguesa do festival alcançou um sucesso estrondoso, levando 60 mil pessoas à cidade de Amarante. Na Escócia, em janeiro, o MIMO foi convidado para representar o Brasil ao promover o Showcase Scotland 2017, do Celtic Connections.

TENDA DA RIBEIRA

17 (SEXTA-FEIRA)

Panorama Brasil 

18h

CINEBIOGRAVURA

Diretor: Luís Rocha Melo

Documentário I 28 minutos I 2017 I Rio de Janeiro I Livre

“Um minuto!”, responde a voz que dubla um anônimo figurante, em uma cena de “Tocaia no asfalto” (Roberto Pires, 1962). A quem pertence essa voz? Cinema, jornal, rádio e música, fotos de família e cartas pessoais, um estranho ser de duas cabeças, as mãos sobre a ninfa seminua, pistolas e futuros no Planalto Central, Thelonious Monk e Sonny Rollins. A cinebiogravura de um brasileiro do século XX.

SUPER ORQUESTRA ARCOVERDENSE DE RITMOS AMERICANOS

Diretor: Sergio Oliveira

Documentário I 77 minutos I 2016 I Recife I Livre

O deserto brasileiro, o sertão nordestino, uma banda de baile anima festas de debutantes. Enquanto isso, a região é transformada por máquinas, que mudam a paisagem árida, e animais cantam e dançam ao som de standards americanos. “Start spreading the news…”

20h

COSME

Diretor: Luciano Scherer

Documentário | 13min |2016 | Porto Alegre/RS | Livre

Filmado na Itália e Inglaterra, aborda a vida do cantor e compositor brasileiro Thiago Médici, conhecido como Cosme. Ele embarca para a Europa em 2012, em busca de uma nova vida e da cidadania italiana. Tem os documentos roubados, vai para uma cidade do interior e acha um violão no porão em que vive. Em 2016, muda-se para Londres, dividindo seus dias entre a música e o trabalho numa loja de brinquedos.

BAMBAS

Diretora: Anná Furtado

Documentário | 20min | 2017 | São Paulo | Livre

O curta-metragem dá voz às sambistas de São Paulo de diferentes idades, classes e ideias. O filme desenha um panorama da vida dessas mulheres, mostrando as dificuldades e situações que o samba impõe às que se aventuram em suas rodas.

FEVEREIROS

Diretor: Marcio Debellian (Tenda da Ribeira | 17 (SEXTA) | 20h

Documentário I 71 minutos I 2017 I Rio de Janeiro I Livre

A partir do vitorioso carnaval da Mangueira em homenagem a Maria Bethânia, o filme percorre uma viagem entre Rio e Bahia, acompanhando a cantora no universo familiar, festivo e religioso que inspirou o enredo “Maria Bethânia: A menina dos olhos de Oyá”, de 2016.

18 (SÁBADO)

18h

ILÚ OBÁ DE MIN – HOMENAGEM A ELZA SOARES, A PÉROLA NEGRA

Diretor: Beto Brant

Documentário I 38 minutos I 2017 I São Paulo I Livre

O filme acompanha o desfile do Ilú Obá De Min, no Carnaval de 2016, em homenagem à cantora Elza Soares. O bloco adentra as ruas de São Paulo, exaltando a cultura afro-brasileira, ocupando o espaço urbano com as danças e os cantos em yorubá, dos terreiros de Candomblé e de outras manifestações da cultura negra. O cortejo é uma grande ópera popular de rua.

CLARA ESTRELA

Diretores: Susanna Lira e Rodrigo Alzuguir (Tenda da Ribeira | 18 (SÁBADO ) | 18h

Documentário I 72 minutos I 2017 I Rio de Janeiro I Livre

O filme narra, na primeira pessoa, a trajetória da cantora Clara Nunes, que conquistou o Brasil e vários países do mundo. Embalado por imagens oníricas e sem entrevistas, o documentário é construído por depoimentos da artista na mídia impressa, na voz da atriz Dira Paes. A narrativa é realçada pelo ineditismo do arquivo de imagens e uma minuciosa seleção de músicas.

20h

CANTA UM PONTO

Diretores: Luciano Dayrell e João Paulo Silveira

Documentário | 26min |2016 | Pinheiral /RJ | Livre

A partir dos cantos entoados na forma de pontos de jongo, o filme constrói um relato poético do Jongo de Pinheiral, permeado de “causos”, festas, mistérios, memória e resistência política.

TORQUATO NETO – TODAS AS HORAS DO FIM (Tenda da Ribeira | 18 (SÁBADO) | 20h

Diretores: Eduardo Ades e Marcus Fernando
Documentário I 87 minutos I 2017 I Rio de Janeiro I 12 anos

O poeta piauiense vivia apaixonadamente as rupturas e atuava em várias frentes – na música, no jornalismo e no cinema. Participou ativamente da revolução que mudou os rumos da cultura brasileira nos anos 1960 e 1970, pela Tropicália e a arte marginal. O autor de “Geléia geral” – com Gilberto Gil, “Mamãe, coragem” – com Caetano Veloso e  “Let´s play that” – com Jards Macalé, suicidou-se no dia de seu aniversário de 28 anos.

19 (DOMINGO)

18h

HÍBRIDOS, OS ESPÍRITOS DO BRASIL

Diretores: Priscilla Telmon e Vincent Moon (Tenda da Ribeira | 19 (Domingo) | 18h

Documentário I 85 minutos I 2017 I Rio de Janeiro I 12 anos

Sem comentários e entrevistas, o filme desvela um dos grandes assuntos da nossa geração, a espiritualidade em voga no Brasil. Desde a maior procissão católica do mundo a um desconhecido ritual indígena no Mato Grosso e aos passes de cura em centros espíritas, a obra é uma jornada musical através dos diversos rituais.

19h30

LIVE PERFORMANCE HÍBRIDOS

IGREJA DA SÉ

17 (SEXTA-FEIRA)

Um Outro Olhar

18h

JOÃO, O MAESTRO

Diretor: Mauro Lima

Biografia | 116 min | 2017 | Rio de Janeiro | 12 anos

A história de um homem obstinado pela música. Com problemas de saúde na infância, João Carlos Martins vê sua vida se transformar quando descobre o dom para o piano. Ainda jovem, o promissor artista sofre um acidente que interrompe momentaneamente a carreira. Sua vida é marcada pela superação das limitações físicas, que  não o impedem de seguir a sua vocação.

18 (SÁBADO)

18h30

ONILDO ALMEIDA – GROOVE  MAN

Diretor: Helder Lopes e Cláudio Bezerra

Documentário| 71 min | 2017 | Rio de Janeiro | Livre

Autor de clássicos imortalizados por Luiz Gonzaga, o caruaruense Onildo Almeida revisita aos 88 anos algumas de suas 600 canções. Interpretado por Agostinho dos Santos, Maysa, Jackson do Pandeiro, Chico Buarque, Gal Costa, Gil e Caetano, o compositor é chamado de “groove man” pelos tropicalistas, dada a variedade de gêneros e ritmos que explorou ao longo da carreira.

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