Henry defende Jarbas e fala em “violência”

Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco

Diante da ameaça de perder o controle do diretório estadual do PMDB, o vice-governador e presidente da executiva, Raul Henry, e o deputado federal Jarbas Vasconcelos tratam a filiação de Fernando Bezerra Coelho como “invasão” e “violência”.

A reunião dos peemedebistas ligados ao grupo jarbista na sede da legenda, no Bairro do Recife, na noite de domingo (10), serviu para tranquilizar os partidários, que não sabiam como proceder à ofensiva. Mas após o encontro, o sentimento foi – segundo políticos que falaram com a Folha de Pernambuco – de que o PMDB pernambucano resistirá a Fernando Bezerra Coelho em todas as instâncias, inclusive na justiça. A princípio, a questão deverá ser tratada com a mediação da executiva nacional.

O vice-governador retornou de missão oficial à Ásia na madrugada do sábado para o domingo. Antes de se reunir com os correligionários, Raul se encontrou com Jarbas para alinhavar a estratégia de atuação do partido. Jarbas, que se recuperava de uma crise de sinusite, não participou da reunião, mas foi representado por assessores e por Jarbas Vasconcelos Filho. Na ocasião, ficou acertada uma reunião do diretório estadual peemedebista para amanhã, às 11h, na sede da legenda.

Raul chegou no prédio da executiva por volta das 19h30 e permaneceu reunido durante cerca de uma hora e meia. “Nosso sentimento é de completa indignação. A atitude do senador Fernando Bezerra Coelho de querer entrar no PMDB de Pernambuco destituindo sua direção regional e mudando a orientação política do partido é inaceitável. Não permitiremos a usurpação da nossa história. Não aceitaremos a tentativa de desmoralização da liderança de Jarbas Vasconcelos. Reagiremos a essa violência, de todas as maneiras possíveis, para preservar a identidade do PMDB de Pernambuco”, comentou o presidente estadual peemedebista.

Também participaram do encontro o secretário estadual de Habitação, Kaio Maniçoba; os deputados estaduais Tony Gel (líder do partido na Alepe), Ricardo Costa e Gustavo Negromonte; o vereador Jayme Asfora, além de Marta Guerra, Murilo Cavalcanti, Bruno Lisboa e Flávio Gadelha. O clima era de resignação à liderança de Raul e Jarbas, já que o confronto vem se dando por cima. Na Assembleia, a atuação da bancada peemedebista está mantida ao lado do governo. Hoje, Ricardo Costa é vice-líder do governo e Tony Gel tem discurso bastante vinculado à gestão do PSB.

Nos bastidores, a ida do PMDB para a oposição recai mais fortemente sobre Jarbas e Raul, que têm ligação umbilical com o partido.

Nomes como Kaio Maniçoba e Ricardo Costa, por exemplo, poderiam migrar de partido para manterem-se fiéis ao projeto de Paulo Câmara (PSB), já que o que está em jogo, também, são os cargos ocupados pela legenda. Maniçoba hoje ocupa a pasta de Habitação e Bruno Lisboa está no Condepe/Fidem, tocando o Estatuto das Metrópoles. Também se fala no tempo de televisão que a Frente Popular perderia, caso o PMDB fosse para a oposição, restado a Câmara contar apenas com o PSD, quarto maior partido na Câmara dos Deputados.

Do Blog da Folha

 

 

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