Funcionários dos Correios suspendem greve após assembleia

Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

Depois da determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) para que os trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos e Similares (ECT) retornassem as atividades, o sindicato da categoria em Pernambuco decidiu, em assembleia realizada na sede da entidade, em Santo Amaro, nesta terça-feira (17), acatar o informe das federações de classe e suspender a paralisação nacional deflagrada desde o último dia 11 de setembro até que o Dissídio Coletivo de Greve seja julgado.

Na pauta dos trabalhadores, a revisão do reajuste salarial de 0,8% (a proposta da categoria era de reposição salarial pela inflação, de 3,49%, percentual que se estende aos benefícios, a exemplo do tíquete alimentação, além da manutenção dos nossos pais no plano de saúde), a remoção de pais e mães do plano de saúde como dependentes, melhores condições de trabalho e outros benefícios. Além disso, a categoria é contra a privatização da estatal, que foi incluída no plano de privatizações do governo.

Na assembleia, os trabalhadores aprovaram os seguintes pontos: suspensão da greve da categoria em todo o País, manutenção do estado de greve até o julgamento do Dissidio Coletivo ou assinatura de Acordo Coletivo de Trabalho; a prorrogação do Acordo Coletivo de Trabalho atual até o dia 02 de outubro de 2019; a intensificação dos atos, panfletagens e mobilizações nas bases para manter e reforçar a mobilização e a instalação, em caráter emergencial, em Brasília/DF, do Comitê contra a venda dos Correios, para desenvolver trabalhos junto ao Congresso Nacional e autoridades públicas.

 “A gente acatou o informe das federações nacionais e devemos estar retornando a partir das 22h desta terça”, informou o secretário do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos em Pernambuco – SINTECT/PE.

De acordo com os Correios, o fim da paralisação “foi a condição para que a empresa aceitasse a proposta do Tribunal Superior do Trabalho de manter as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho 2018/2019 até o dia 2 de outubro”.

A empresa revelou, ainda, que desde o início da paralisação, há uma semana, “para que nenhum consumidor se sentisse lesado com o movimento paredista dos trabalhadores, colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios. Neste sentido, medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões estão sendo adotadas”.

Negociação
Em audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho – TST, no último dia 12 de setembro, após a ECT ingressar com o pedido de Dissídio Coletivo de Greve, as Federações (FENTECT e FINDECT) não aceitaram a proposta apresentada pela empresa. Com o impasse, o Ministro do TST, Mauricio Godinho Delgado, pediu a prorrogação do Acordo Coletivo até a data do julgamento do Dissídio, marcado para o dia 2 de outubro.
Segundo o ministro Mauricio Godinho Delgado, a determinação é uma prova de que a categoria concordou com a proposta que garante a manutenção do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) vigente até o novo acerto entre empresa e trabalhadores.

Do Portal FolhaPE

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