Assassino de Mirella tem prisão preventiva decretada

Foto: Divulgação/PCPE

O empresário do ramo de cosméticos Edvan Luiz da Silva, de 32 anos, autuado em flagrante por assassinar a fisioterapeuta Tássia Mirella Sena Araújo, de 28 anos, teve prisão preventiva decretada nesta quinta-feira (6), no Recife. A sentença foi anunciada, em audiência de custódia, pela juíza Blanche Maymone Pontes Matos, que anunciou a medida por “homicídio qualificado, realizado a traição, emboscada ou mediante dissimulação”.

O suspeito foi conduzido ao Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), onde ficará preso até o dia do julgamento. Edvan saiu num carro do sistema penitenciário, sob protestos dos presentes, que batiam no carro e gritavam “Assassino”.

A audiência de custódia aconteceu na tarde desta quinta-feira, no Fórum Rodolfo Aureliano, na Ilha de Joana Bezerra, na área Central do Recife. No local, dezenas de pessoas, entre amigos e familiares da vítima, realizavam protesto para pedir a prisão do acusado. Edvan foi autuado em flagrante, na quarta-feira (5), por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, sem chance de defesa e feminicídio). O crime ocorreu na manhã dessa quarta-feira em flat localizado no bairro de Boa Viagem.

“Primeira etapa nossa vencida”, comentou a tia da vítima, Solange Cordeiro. Ela afirma que a família persistirá na condenação do acusado. “A gente não vai desistir enquanto não ver ele julgado e pagando pelo que ele fez com uma pessoa tão boa, tão feliz e com um futuro tão brilhante. Isso é um monstro!”

A tia de Mirella também questionou a forma como o acusado foi tratado durante a audiência. Segundo ela, ele teria entrado pela porta dos magistrados. Para ela, o fato dele ter entrado numa área afastada impede que sua imagem seja divulgada pelos familiares e pela imprensa.

“A gente pede que toda essa mobiliação que foi feita continue pra gente garantir que o julgamento dele seja feito com o menor prazo possível e com o maior rigor, pra que ele tenha uma pena condizente com o mal que ele causou”, pede o amigo da vítima, Anderson de Oliveira.

Segundo o delegado Francisco Océlio, que comanda as investigações, Tássia foi morta por esgorjamento (corte na parte da frente do pescoço). Ela morava sozinha em um flat do Golden Shopping Home Service, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. O acusado era casado e vizinho da vítima. Ele pratica artes marciais e teria usado sua força para despir Tássia.

Para delegado, o fato de as roupas da vítima estarem espalhadas pelo chão do apartamento foi o primeiro indício de que ela teria sido vítima de uma tentativa frustrada ou consumada de violência sexual. Ainda segundo Océlio, o crime trata-se de feminicídio. “Ele disse, em entrevista preliminar, que cruzou com a vítima apenas duas vezes”, comentou Océlio, que afirmou que Edvan e Tássia não tinham nenhuma relação afetiva.

Entenda o caso

Edvan Luiz da Silva foi visto entrando no prédio às 6h50 dessa quarta-feira (5), e cometeu o crime por volta das 7h. Em seguida, entrou no próprio apartamento. A porta do apartamento da vítima estava entreaberta, segundo o delegado. “Não encontramos sinais de gotejo de sangue em outras áreas do prédio. O único lugar era na porta do apartamento do suspeito. O crime foi premeditado”, revelou o investigador, que disse que a maçaneta estava manchada de sangue.

Após a constatação, a polícia bateu na porta do apartamento de Edvan, mas o homem não abriu e foi preciso chamar um chaveiro. O delegado explica que, ao entrar, se deparou com uma cena “patética”. “Depois de tantos gritos da polícia pedindo para a entrar, ele estava deitado, só de cueca, tapando o rosto, fingindo que não tinha ouvido”, revelou o investigador.

Fonte: FolhaPE

 

 

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